No Limiar do amanhã. Um Desafio no Espaço.
Vem do espaço, das regiões do intemporal, o desafio da Nova Era aos homens que dormem hipnotizados pelo passado. Esse desafio se dirige também aos que se perdem na embriaguez do presente, esquecidos do futuro que bem rápido se aproxima. E é esse desafio que lançamos aqui, em forma radiofônica, a todos os adormecidos e a todos os alienados. No Limiar do Amanhã, mantemos no ar o desafio dos novos tempos. O mundo invisível se revela aos homens através dos fatos mediúnicos. Do desenvolvimento acelerado da percepção extrassensorial em milhões de criaturas. Do apelo angustiante dos próprios homens aos recursos da psiquiatria e da psicanálise. Dos hospitais de doenças mentais superlotados. Da eclosão da mediunidade em crianças, jovens, adultos e velhos por toda a parte.
O mundo invisível se revela também através do avanço das ciências. A Física descobre a antimatéria, confirmando a teoria espírita do fluido universal. Descobre ainda o corpo espiritual do homem. Conjugando seus esforços com a Biologia e confirmando a teoria espírita do perispírito, duplicata imperecível e modelo energético do corpo material. A Parapsicologia prova cientificamente a existência da telepatia, da clarividência, das aparições, das manifestações de Espíritos e dos fenômenos de efeitos físicos produzidos através dos médiuns. A Parapsicologia, a Psiquiatria, a Psicanálise, conjugadas avançam, decisivamente, nas provas da reencarnação.
Chegou o momento em que o apóstolo Paulo repete para o homem de hoje, o seu grito de vitória do tempo do Cristianismo primitivo. “Onde está, ó morte, a tua vitória?” Porque Paulo testemunhou a vitória do Espírito sobre a morte e ensinou que morremos para ressuscitar, como Cristo ressuscitou.
Aqui está, amigo ouvinte, o desafio de Paulo. Se você for capaz de nos provar que a morte destrói a vida, que o homem desaparece para sempre nas cinzas do túmulo, mande-nos essa prova ou venha trazê-la pessoalmente ao nosso microfone. Se for capaz de provar que somos cinza e poeira e nada mais do que isso, venha fazer a prova científica dessa afirmação temerária em nosso programa. Venha dizer com segurança, firmado em provas e pesquisas cientificas, que a imortalidade humana é apenas uma ilusão humana criada pela mente angustiada do homem. Venha, amigo ouvinte. E se você conseguir apresentar provas verdadeiras, daremos a mão à palmatória e confessaremos a nossa ignorância.
No Limiar do Amanhã, um programa desafio.
Produção do Grupo Espírita Emmanuel, transmissão 156, quarto ano. Locutores: Roberto Mendes e Jurema Iara. Técnica de Som: Benê Alves. Sonoplastia: Antônio Brandão. Direção e participação do professor Herculano Pires.
Diálogo no Limiar do Amanhã. Para onde vamos? O que somos? O que faremos na Terra?
Pergunta 1: Fatos desconhecidos sobre a vida de Jesus. Os Evangelhos apócrifos.
Locutor - Professor, a ouvinte senhora Angelina dos Santos Marcos, da Rua Borges Lagoa, em Vila Mariana, pergunta: A Revista Realidade publicou uma reportagem sobre fatos desconhecidos da vida de Jesus, baseada em textos proibidos. Achei tudo muito estranho e gostaria de saber a sua opinião a respeito desse assunto. É verdade que os textos citados foram escondidos pela Igreja? Por que, isso? J. Herculano Pires - Na verdade, trata-se apenas de uma, como se costuma dizer, uma exploração de material de imprensa. Porque todos os dados tirados por essa revista para a publicação, foram dos Evangelhos Apócrifos. Ora, acontece que em torno dos Evangelhos Apócrifos criaram-se muitas lendas no mundo. Dizia-se que os Evangelhos Apócrifos eram os verdadeiros. E que os Evangelhos Canônicos, ou seja, aqueles que foram considerados tanto pela Igreja cristã primitiva como, posteriormente, pela Igreja Católica e depois pelas Igrejas Protestantes, aqueles que foram considerados como reais, como verdadeiros. Então, criando-se essa lenda, também inventou-se que as igrejas cristãs proibiram a publicação dos textos apócrifos e eliminaram por completo esses textos, uma vez que eles desfiguravam a dogmática das igrejas. Me parece que ninguém mais insuspeito do que eu, que sou ferrenhamente contrário ao dogmatismo, para defender as igrejas neste sentido.
A pesquisa histórica dos Evangelhos no mundo, através de professores universitários, desde o tempo de Renan, no século passado, até os nosso dias, provou de maneira insofismável que os Evangelhos Apócrifos só foram escritos depois do segundo século da Era Cristã. Consequentemente são realmente apócrifos, no sentido de falsos. Não podem ser atribuídos às pessoas que são mencionadas como seus autores. E por outro lado, os seus dados não têm valor nenhum. São Evangelhos cheios de lendas, cheios dos maiores absurdos. Pode-se ver, nessa reportagem de Realidade, episódios dos mais absurdos, como aquele, por exemplo: Jesus menino, brincando, constrói uma certa construção de areia ou de barro e um outro menino derruba a construção. Imediatamente esse outro menino que derrubou a construção, cai morto. Então os pais do menino, começam a clamar e pedir auxílio à Nossa Senhora e a São José. Nossa Senhora pergunta a Jesus porque ele havia matado o menino. E ele disse: "porque ele destruiu aquilo que eu construí". Então Nossa Senhora pede a ele que salve o menino. E Jesus empurra o menino com o pé e o menino se levanta e sai correndo. Ora, são como se vê, coisas até ridículas, mencionadas por esses Evangelhos Apócrifos que não têm nenhuma conotação com a realidade histórica do tempo de Jesus. E nem mesmo com a lógica, o racionalismo que nós encontramos nos textos evangélicos canônicos, que foram bastante anteriores a esses apócrifos.
Outra passagem curiosa é aquela de que Jesus brincando, fabricou vários passarinhos de barro. E quando São José chegou e disse pra ele: “por que fizeste essas coisas de barro?” Então Jesus bateu palmas e os passarinhos de barro saíram voando, viraram passarinhos verdadeiros. Quer dizer, os Evangelhos Apócrifos transformaram Jesus num mágico. Num mágico e, não, naquele homem cuja finalidade na Terra era pregar a espiritualidade, elevar as criaturas e distribuir aos homens os dons da mediunidade, através da mediunidade de cura, de comunicação de espíritos e assim por diante. Transformaram Jesus num verdadeiro ilusionista dos nosso dias, o homem que tira coelhos da cartola e assim por diante. Ora, reproduzir hoje trechos desses textos, já considerados pela critica histórica e pela pesquisa histórica como absurdos, reproduzir esses textos como novidade, mostrando que se trata de assuntos referentes à vida de Jesus que está proibida pelas igrejas é, simplesmente, exploração jornalística. Esses textos não têm nenhum valor. Os Evangelhos Canônicos foram escritos a partir do ano 45 após a morte de Jesus. Foram escritos pelos próprios apóstolos ou pelos discípulos dos apóstolos. Eles foram baseados em duas fontes bem conhecidas que são as antigas logia ou anotações feitas pelos próprios apóstolos, durante a vida de Jesus, e o chamado "Protoevangelho de Marcos", ou Ur-Markus, como se chama em alemão, que é um Evangelho modelo fundamental que Marcos, discípulo de Pedro, escreveu em Roma sob a orientação do apóstolo Pedro. Ora, depois destes fatos históricos comprovados, vir agora ressuscitar os Evangelhos Apócrifos, que, na verdade, são simples cópias deformadas, deturpadas dos Evangelhos canônicos, e cópias, estas, feitas mais de um século depois, quase dois séculos depois de terem aparecido esses Evangelhos, é realmente levantar um problema que não existe, um problema que já está morto há muito tempo. De maneira que a igreja, nenhuma igreja, tem culpa nenhuma disto. Na verdade, os Evangelhos válidos são apenas os Evangelhos Canônicos que nós conhecemos. Os Evangelhos Apócrifos não passam de evangelhos falsos.
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Pergunta 2: O senhor é a favor ou contra o exorcismo?
Locutor - A dona Angelina dos Santos, pergunta ainda: O Diabo existe ou não existe, professor? O que o senhor me diz do exorcismo que hoje parece que está na moda? O senhor é a favor ou contra?
J. Herculano Pires – Eu não posso ser absolutamente contra o exorcismo. Porque o exorcismo é a prática primitiva do afastamento de entidades inferiores que perturbam as criaturas humanas. O exorcismo é, por assim dizer, a fase anterior do desenvolvimento daquilo que no Espiritismo nós chamamos a doutrinação. E justamente por ser anterior, é um processo antiquado. O que nós podemos admirar é que este processo esteja voltando à moda, nestes dias. Mas, na verdade, não é isto. O que aconteceu foi, com a publicação daquele romance, O Exorcista, e principalmente com a exibição do filme sobre o romance, aconteceu um despertar de interesse, mais de curiosidade do que realmente de interesse efetivo, pelo problema do exorcismo. Entretanto, é preciso observar isto: o exorcismo constitui-se numa série de práticas mágicas. Isto pode se ver bem claramente no romance, no texto do romance. Práticas mágicas em que são empregados elementos materiais e ingredientes diferentes - inclusive relíquias de santos, ossos de santos - e coisas assim, para afastar o demônio do corpo daquela pessoa que se mostra perturbada por um Espírito mau. O Espírito mau é chamado de diabólico. Ora, sendo assim, fazem todos os esforços necessários, através de práticas dos rituais religiosos, para afastar essa entidade em nome de Deus, em nome de Jesus. E quando se consegue o êxito, então considera-se que foi afastado o Diabo.
Ora, na verdade o Diabo não existe. O Diabo, no caso, são os Espíritos sofredores, inferiores. Às vezes, Espíritos brutais como, por exemplo, o Espírito de um bandoleiro, de um bandido impiedoso que, de repente, morre e seu Espírito passa para o espaço. É... como dizem sempre os Espíritos Superiores, a morte não melhora ninguém. A passagem de um Espírito para o espaço conserva ele naquele mesmo estado. Ele só vai melhorar através das reencarnações que ele vai ter aqui na Terra, passando pelos sofrimentos decorrentes das maldades que ele cometeu no passado. Assim, o Diabo é (aquilo que eles chamam de Diabo) é aquilo que nós encontramos nas manifestações espíritas como Espíritos inferiores e, todos eles, em estado de sofrimento, de grande sofrimento. Ora, no exorcismo, o que nós espíritas condenamos é que não se leva em conta a natureza do Espírito obsessor. Uma pessoa obsedada, ela não está sendo assediada pelo Diabo. Mas quando nós chamamos este Espírito de Diabo ou mandamos de volta para o "inferno", o expulsamos do corpo da pessoa, como se este Espírito fosse uma praga ou coisa semelhante, nós irritamos esta criatura. Nós o perturbamos ainda mais, nós o prejudicamos e fazemos sofrer ainda mais. Isto é que nós condenamos. Nós entendemos que o certo é aquilo que fazemos no Espiritismo. A doutrinação e a seção de desobsessão. Por quê? A doutrinação do Espírito é o esclarecimento desse Espírito. Mostrar a ele que ele está errado. Mostrar, dentro do Evangelho, com os ensinos evangélicos, com as promessas evangélicas, com os ensinos dos apóstolos nas Epístolas e através das explicações dos Espíritos superiores. Mostrar que eles estão no caminho errado, perigoso e estão aumentando sofrimentos para eles mesmos no futuro. E ao mesmo tempo doutrinar o obsedado. Porque o obsedado não é inocente, como se pensa. O obsedado é um indivíduo que tem dívidas a pagar para os Espíritos que o obsedam. Há sempre uma relação de causa e efeito que vem do passado, nestes casos de obsessão, de perturbação espiritual. Então, nós temos que fazer a dupla doutrinação. No Espiritismo, chamamos de doutrinação o esclarecer a pessoa através da Doutrina. Ora, a dupla doutrinação que consiste em esclarecer o Espírito obsessor e esclarecer o obsedado, fazer com que ele também tome uma atitude espiritual, que não dê mais possibilidades para que aquele espírito vingativo queira prejudicá-lo, queira arrastá-lo a condições de sofrimento em que ele mesmo, espírito vingativo, se encontra no espaço. Assim, nós não condenamos o exorcismo, mas entendemos que a doutrinação espírita tem um efeito mais completo e perfeito. É um passo além do exorcismo, no esclarecimento dos problemas espirituais e na ajuda tanto aos Espíritos sofredores, quanto às pessoas obsedadas.
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Pergunta 3: Estado de nostalgia por falecimento de familiar.
Locutor - Professor, a ouvinte OtÍlia Pires, do bairro da Liberdade, pergunta: procedo de uma família legalmente constituída, tive vários irmãos. Inclusive uma, de nome Silvana, que faleceu com a idade de 4 anos. Quando me lembro desta referida, fico em um estado de nostalgia e choro continuamente durante horas. Isso acontece há 58 anos. Realmente, eu era muito apegada a essa irmã, o que não ocorre com os demais parentes. Poderia, no campo espiritual, o professor me dar um esclarecimento a respeito?
J. Herculano Pires - Sim. Nós podemos compreender muito bem este problema, quando nós conhecemos a lei da reencarnação, quando nós sabemos que temos vidas sucessivas na Terra. Que nós não vivemos apenas nesta passagem curta de uma existência humana de poucos anos aqui. Mas que nós procedemos de um passado longínquo, distante e avançamos para um futuro ainda mais distante. Quando compreendemos isto, nós sabemos que existem relações anteriores entre nós. Uma família, por exemplo, não se constitui ao acaso. Os Espíritos que nascem em uma família, são Espíritos ligados às pessoas que constituem essa família. É aquilo que Kardec chama a "família espiritual". E Kardec esclarece muito bem. N'O Evangelho Segundo o Espiritismo, há um belo trabalho a respeito disto. Esclarece que as famílias espirituais são permanentes. Enquanto as famílias carnais, consanguíneas, se dissolvem com o tempo. As velhas famílias desaparecem na Terra. Mas as famílias espirituais permanecem na vida espiritual. Assim os Espíritos vem para cá ligados uns nos outros por afeições antigas, por antigos laços de amor que permanecem através dos tempos. Naturalmente, a senhora é um exemplo disso.
O caso que a senhora nos relata aqui é uma prova evidente deste princípio espírita já confirmado, tantas e tantas vezes, através de tantas observações feitas, no campo das relações afetivas entre as criaturas humanas. A senhora sentia por essa sua irmã que morreu com 4 anos de idade, quando a senhora tinha apenas 10 anos de idade, a senhora sentia um afeto muito profundo. E ela pela senhora, é evidente. São ligações profundas do passado. Depois morreram pessoas, muitas pessoas da família, seus pais, tios, outros parentes e a senhora não sentiu a morte deles da mesma maneira que esta. A senhora não se lembra desses parentes com a mesma saudade profunda com que se lembra dessa meninazinha de 4 anos. Por quê? Porque não havia entre a senhora e esses outros parentes, a ligação profunda que há com esta menina.
Mas a senhora deve afastar de si esta ansiedade, quando se lembra dela. Deve se lembrar de que, na verdade, ela não morreu. Ela continua viva. E consequentemente, na sua vida espiritual, ela pode ligar-se com a senhora. Pode comunicar-se, inclusive. Pode envolvê-la em seus fluidos amigos, afetivos. Quer dizer, a senhora deve tirar da sua mente a ideia de que ela desapareceu, de que ela morreu, de que a senhora não vai mais encontrar-se com ela. Vai, sim. Os Espíritos afins, reunidos na família espiritual, eles nunca se afastam definitivamente. A vida terrena é passageira e, após ela, sempre nos encontramos de novo no plano espiritual.
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Pergunta 4: Percepção extrassensorial profunda e ajuda espiritual.
Locutor - Professor, o ouvinte Franco F. Costa, da Avenida São João, pergunta: primeiro, se diante de um quadro dantesco de um edifício tomado pelas chamas e sabendo com toda certeza encontrar-se dentro desse edifício tomado pelo fogo, um filho meu, e achando-me no auge do desespero, a ponto de perder a razão ou ser vitimado pelo colapso. Como pude eu ser assistido por um pensamento súbito e insistente de que nenhum mal ocorreria a meu filho? Tal fato é verídico. Tendo ocorrido em 24 de fevereiro de 1972, no incêndio do edifício Andraus. E achando-me nas imediações do sinistro, assisti aflito e desesperado a esse espetáculo, sem nada poder fazer em favor de meu filho ou de quem lá estivesse. Só restou-me chorar, orar e pedir a Deus clemência para o meu sofrimento e pela vida de meu filho e demais infortunados participantes daquela tragédia. Sentindo-me a ponto de perder a razão ou mesmo sofrer um colapso, e ante um pensamento de que nenhum mal ocorreria a meu filho, disse-me de mim para mim mesmo: "Seja feita a vontade de Deus". E continuando a orar, afastei-me daquele local.
J. Herculano Pires - Não se trata de pusilanimidade, de covardia. O senhor deve tirar naturalmente esse pensamento, essa ideia a respeito. Trata-se apenas da certeza que lhe foi dada por um espírito amigo, um Espírito que naturalmente queria auxiliá-lo naquele momento. E que realmente o auxiliou, transmitindo-lhe essa certeza, essa convicção de que seu o filho não ia perecer e que o senhor deveria estar tranquilo a respeito. O senhor vê que o senhor sentiu isto como vindo inesperadamente. Não foi, portanto, uma coisa que decorresse do seu pensamento planejado a respeito. E o senhor não se afastou absolutamente do local por covardia, mas por impotência. O senhor não podia fazer nada. E ao mesmo tempo que não podia fazer nada, o senhor já estava com aquela convicção íntima de que não aconteceria nada. Nestes casos, nós temos naturalmente duas possibilidades de percepção. Às vezes, no estado de exaltação em que ficamos, como o senhor ficou diante do prédio incendiado e sabendo que o filho estava lá dentro.
Nestes momentos de exaltação, nós temos uma percepção extrassensorial mais profunda. Através da percepção extrassensorial, quer dizer, daquilo que não nos vem através dos sentidos, mas diretamente pela captação do nosso Espírito. Através desta percepção, o senhor viu uma realidade maior, mais completa. O senhor não viu apenas um incêndio ou perigo. O senhor viu o futuro. O senhor viu que o seu filho não ia ser prejudicado, não ia sofrer como o senhor tinha pensado, no começo. Então a sua visão maior, a sua percepção maior, lhe deu serenidade. Mas ao mesmo tempo, nestes momentos, nós temos sempre ao nosso lado um Espírito amigo, pode ser o seu Espírito protetor. Aquilo que as religiões chamam o "anjo guardião". Este anjo guardião não está constantemente conosco acompanhando, ele está distante, porque ele é um Espírito Superior que vela ao mesmo tempo por muitas pessoas ligadas a ele, afetivamente ligadas a ele. Porque é o problema da reencarnação, das vidas sucessivas. As pessoas estão ligadas a uma entidade superior que as protege porque foi companheira delas, aqui na Terra. E num momento destes, este Espírito protetor, mesmo sem precisar vir perto do senhor, pode-lhe transmitir uma mensagem telepática. Atingir o seu pensamento e lhe dar o conforto que o senhor ali recebeu.
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Pergunta 5: Quem criou Deus?
Locutor - Professor, o ouvinte Tavares Nesticó, da rua Bartolomeu Feio, Brooklin, pergunta: de onde surgiu Deus ou quem o criou?
J. Herculano Pires - Se alguém houvesse criado Deus, então Deus não seria Deus e, sim, filho de Deus. Porque Deus é o Criador absoluto, o criador de tudo. Não se pode perguntar portanto quem criou Deus. Porque nós temos de partir de certas premissas para compreender algumas coisas que escapam à nossa possibilidade imediata de compreensão humana. Nós não podemos compreender como nasceram as coisas todas, como nasceu o Universo. Mas podemos compreender que existe um poder criador. E que este poder criador estava naturalmente presente, antes que o Universo aparecesse, que ele se formasse. O Universo que nós conhecemos, o universo material em que nós vivemos. Então a ideia de Deus é uma premissa. Quer dizer, é um ponto de partida para o nosso pensamento. Quando nós falamos em Deus, nós estamos falando no Absoluto. Existe o absoluto e o relativo. Nós vivemos no relativo. Tudo quanto nós fazemos, tem relação com outras coisas. Nós gostamos da luz, porque existem as trevas. Se não existisse a noite, o dia para nós não teria a importância que tem. Se não existisse o dia, a noite não teria também a sua beleza estranha. Se nós não conhecermos o preto, também não podemos conhecer o branco. Tudo para nós é um problema de relação. As coisas existem em relação umas as outras.
Então nós somos criaturas que vivem no relativo. Mas no plano do absoluto, estas relações não tem sentido. A visão do absoluto abrange todas as coisas numa só compreensão, numa compreensão total e global de tudo. Ora, assim sendo, nós não podemos compreender Deus na sua intimidade, na sua profundeza, naquilo que nós poderíamos chamar a sua estrutura íntima. Nós não podemos, porque Deus é o absoluto. Então no relativo todas as coisas nascem uma das outras. É como diz O Livro dos Espíritos: “tudo se encadeia no Universo”. Tudo. Em tudo há sempre um encademanto de causas e efeitos, de ações e reações. Mas no absoluto não existe isto. No absoluto, predomina a ideia global, a percepção total, de um golpe. O senhor pode ter uma ideia disto através daquilo que chamamos a intuição e o raciocínio. Quando o senhor quer conhecer uma coisa através da análise, do raciocínio, o senhor vai vendo as coisas por partes. Divide por partes as coisas para examiná-las e chegar a uma conclusão. Mas quando o senhor tem uma intuição de uma verdade sobre uma coisa, esta intuição é global. Não é um exame parcial, por partes. O senhor não andou devagarinho para chegar a uma conclusão. A conclusão veio de repente, é um insight, é uma explosão, uma eclosão que surge na sua mente. Esta visão global da intuição é uma visão do absoluto, a visão de Deus. Deus é um poder criador, absoluto, fundamental de que partimos nós todos. E para conhecermos o mistério de Deus, nós temos que evoluir. Nossos Espíritos têm que sair do relativo e entrar no absoluto. Têm de se desprender das coisas materiais, passageiras e entrar naquilo que as religiões chamam de Eternidade. Ou naquilo que nós preferimos hoje falar a duração, a permanente duração de todas as coisas. Para não dar à Eternidade uma ideia estática, uma ideia assim de coisa que permanece sempre a mesma, mas, sim, uma ideia dinâmica que a duração nos dá. Creio que dá para o senhor compreender que nós não temos capacidade mental, dentro da nossa mente relativa, que se serve de um cérebro animal, que é o cérebro do homem. Um cérebro que provém das espécies animais da Terra, portanto é um cérebro limitado nos seus poderes. Nós não temos ainda a capacidade de penetramos nos mistérios de Deus, da sua essência e, muito menos, da sua origem. Isto, só futuramente, quando atingirmos o plano do absoluto, é que nós podemos encarar.
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Pergunta 6: Santa Maria, mãe de Deus ou de Jesus?
Locutor - E continuando a responder o ouvinte Tavares Nesticó, da Rua Bartolomeu Feio, 355, do Brooklin. Professor, ele pergunta:por que os católicos rezam "Santa Maria, mãe de Deu"s e os espíritas "Santa Maria, mãe de Jesus"?
J. Herculano Pires – É por uma questão de colocação do problema da natureza de Jesus. Os católicos, como nós sabemos, aceitam o dogma da Santíssima Trindade. Na Santíssima Trindade, Jesus aparece como o filho. É portanto uma pessoa da Santíssima Trindade. E cada pessoa da Santíssima Trindade é o próprio Deus, de acordo com a dogmática católica. Porque Deus é definido como 3 pessoas distintas num só Deus verdadeiro. Ora, para nós espíritas, isso não passa de uma interpretação errônea daquilo que chamamos, no Espiritismo, a trindade universal. A trindade universal não é feita por pessoas humanas. Ela se constitui de 3 elementos fundamentais do Universo que são Deus, espírito e matéria. Deus como Poder Criador, o espírito e a matéria como elementos criados. E que se juntam, que se relacionam para nos dar, então, a vida no plano relativo em que nós vivemos. Ora, sendo assim, para nós, Jesus não pode ser Deus. Jesus é um filho de Deus, como ele mesmo se dizia. No Evangelho, a todo momento, nós encontramos a expressão dele, filho de Deus e filho do homem. Quando ele dizia "eu sou filho de Deus", ele queria mostrar a sua natureza divina, espiritual. Quando dizia "sou filho do homem", ele queria afirmar a sua natureza humana de criatura nascida na humanidade, em carne e osso.
Assim, Jesus não poderia ser Deus. Deus, sendo absoluto, não poderia vir encarnar-se no relativo. A encarnação é um processo relativo. Deus sendo a Consciência Universal, o Poder Absoluto que cria e dirige todas as coisas, não podia nunca vir apresentar-se na Terra, na forma de uma criatura humana. Ele pode projetar o seu pensamento e criar criaturas humanas. Mas o seu próprio poder superior não nos permite concebê-lo como uma criatura humana encarnada.
Então quando a Igreja, recitando a prece da Ave Maria, que, por sinal, é uma prece que está no Evangelho, a Ave Maria que muitos espíritas se recusam a pronunciar, entendendo que é uma prece feita pela Igreja. Não é, não. Ela é uma prece que vem do Evangelho. É a saudação do anjo a Maria. E é também parte da saudação de Isabel a Maria. Então reunindo os dois trechos das duas saudações, nós temos a prece da Ave Maria. O que a Igreja fez foi acrescentar à prece da Ave Maria, aquele final que fala "Santa Maria, mãe de Deus..." Então os espíritas, quando querem pronunciar Ave Maria, inclusive com esse adendo, eles tiram a expressão "mãe de Deus", porque entendem que Deus não tem mãe. Deus é claro que, sendo o poder criador absoluto, ele não teve mãe humana. E, neste caso dizem: "santa Maria, mãe de Jesus". Porque mãe de Jesus, corresponde à realidade histórica. A verdade natural, pois Jesus nasceu de Maria e de José, filho de um casal na Galileia. E foi um Espírito elevado, um Espírito superior, o Espírito que nós, no Espiritismo, consideramos o verdadeiro Criador e Governador do planeta em que nós vivemos. Mas não podemos chamá-lo de Deus. Porque Deus, ele mesmo dizia, Deus é o meu pai, Deus é o pai que está no céu. Assim é essa a razão.
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Pergunta 7: Existiu um espírito que criou Deus ou antes de Deus?
Locutor - Professor, a terceira pergunta do Tavares Nesticó. Existiu um espírito que criou Deus ou antes de Deus?
J. Herculano Pires – É, já tratamos deste assunto, não é? Quando respondemos ao senhor, a primeira pergunta. Se existisse um espírito anterior a Deus, um espírito antes de Deus e que tivesse criado Deus, nesse caso esse espírito é que seria Deus, e não Deus-filho. Quer dizer não é possível admitir-se essa duplicidade. Deus é considerado pelos homens dum ponto de vista muito restrito, porque é um ponto de vista humano. Jesus quando chamou Deus de Pai, ele chamou em um sentido geral, mostrando o Poder Criador de Deus. Ele criou todas as coisas, ele é o Pai de todas as coisas. Por isso São Francisco de Assis, na sua conhecida prece, no seu cântico de louvor a Deus, ele chamava o Sol, a Lua, a chuva, a água, a terra, tudo de irmãos. A irmã água, a irmã lua, o irmão sol. Por que São Francisco dizia assim? Porque Deus sendo o Pai, todas as coisas foram criadas por Deus e todas as coisas são irmãs. Todas procedem do mesmo Pai. Mas se nós imaginássemos que existiria um espírito antes de Deus, então esse espírito é quem teria feito isso e Deus não seria Deus. Não sei se o senhor está compreendendo bem. Quer dizer, que Deus é o poder criador absoluto. É único, não existem dois deuses.
Na Antiguidade, antes do aparecimento do Cristianismo, havia o politeísmo. Acreditava-se em numerosos deuses. Para os antigos, tanto na antiga Babilônia, na antiga China, quanto na civilização clássica da Grécia e de Roma, os Espíritos eram chamados deuses. Por exemplo, Tales de Mileto, um grande filosofo grego, seis séculos antes de Cristo, costumava dizer: “o mundo é cheio de deuses. Há deuses por toda a parte.” Por que ele dizia isto? Porque Tales de Mileto era vidente. Ele via os Espíritos em atividade na Natureza, os Espíritos por toda parte. E os Espíritos, para os antigos, eram deuses. Por que eram deuses? Porque a concepção de deuses para eles, para esses povos, era a concepção de criaturas superiores ao homem. Criaturas que não tinham a condição humana. Não tinham o corpo material. Não estavam sujeitos às exigências da Natureza, não estavam sujeitos às necessidades do corpo material. Então, eram criaturas livres e mais poderosas do que os homens. Por isso, chamavam os Espíritos todos de deuses e consideravam que os Espíritos mais poderosos eram os deuses dos povos. Júpiter, deus dos romanos, Zeus, deus dos gregos, e assim por diante.
Ora, quando nós pensamos em Deus, devemos compreender que Ele é o Poder supremo, criador e inteligente. Por isso, no Espiritismo, a nossa definição de Deus é esta: "inteligência suprema de todas as coisas". Perdão. "Inteligência suprema do Universo, criadora de todas as coisas". Por quê? Porque esta inteligência está presente em tudo o que ela criou. O senhor não encontra no Universo inteiro nada que não seja inteligente. Desde uma folha de relva no chão até um fio de cabelo do homem. Até as estrelas e as galáxias, os sóis no Infinito. Por toda parte, o senhor vê que são coisas organizadas, estruturadas, inteligentes, submetidas a leis que as controlam. A nossa própria vida na Terra, no corpo humano em que estamos, é um milagre de inteligência. A organização do nosso corpo é uma perfeição tão grande que a ciência até agora não conseguiu fazer nada igual. Para o senhor ter uma ideia melhor da inteligência de Deus regendo todas as coisas e determinando leis que controlam tudo, o senhor pense no seguinte: O homem fabrica um foguete para ir à Lua. Mas para fabricar este foguete, ele precisava primeiro conhecer as leis do material com que ele trabalha. As leis do espaço que ele tem de atravessar. As leis daquele objeto que ele vai atingir que, no caso, é a Lua. E saber como se portar para obedecer estas leis. Como dizia Francis Bacon, o progresso das ciências é um ato de reverência a Deus. É um ato de obediência. Porque se o homem não obedecer às leis de Deus na Natureza, o foguete sobe e explode, não pode continuar voando. Pensando assim, o senhor compreenderá melhor a ideia de Deus.
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Pergunta 8: As pessoas religiosas são falsas, mesquinhas... Por quê?
Locutor - Professor, a ouvinte Sônia Pauleto, da rua Maria José Coelho, Itaberaba, Capital, pergunta: primeiro, há tempo, eu venho notando uma coisa. É a seguinte: As pessoas religiosas são falsas, mesquinhas, vingativas, avarentas. Isso de qualquer credo. As pessoas que dizem não acreditar em nada, são prestativas, honestas, sinceras etc. Então eu lhe pergunto por que tem que ser assim?
J. Herculano Pires – Será que é assim mesmo? Eu poderia lhe agradecer a minha classificação, porque eu sou uma pessoa religiosa. A senhora já estaria me classificando então como um avarento, mesquinho, vingativo e o "diabo a quatro". A senhora não acha que está generalizando demais? Se a senhora conhece pessoas religiosas nessas condições, deve conhecer também pessoas religiosas que são boníssimas, que são abnegadas, que não têm nada de avarentas, de vingativas, de mesquinhas. Que têm muita grandeza espiritual. A senhora nunca viu pessoas religiosas assim? Se a senhora sair, então, do meio (eu não quero ofender o meio em que a senhora se encontra, mas é a senhora que está me dando esses dados), se a senhora sair do meio em que está vivendo e das pessoas com quem a senhora tem se relacionado, se a senhora estender as suas relações um pouco além desses limites estreitos em que se fechou, a senhora verá que a sua discriminação não tem razão de ser. Eu também conheço muitas pessoas materialistas, muitos ateus que são grandes criaturas. Criaturas humanas que eu respeito, que eu admiro. E acho que elas tem muito mais mérito do que eu, por exemplo, em qualquer coisa boa que eu faço. Porque ao fazer uma coisa boa, eu tenho a certeza de que estou cumprindo um dever. De que eu devo fazer aquilo porque a minha convicção religiosa me mostra que Deus é o Bem. O Bem supremo, como dizia Platão. E que, portanto, eu para ser digno daquele que me criou, que é Deus, eu tenho de fazer o bem.
Mas quando uma pessoa materialista, que não acredita absolutamente na vida após a morte, não acredita que o homem possa viver sem o corpo material e não acredita na existência de Deus, esta pessoa se porta bem e faz o bem, ela não está obrigada, senão pelo seu próprio instinto natural. Mas, por outro lado, é preciso notar que, quando uma pessoa materialista se porta assim, ela nos dá mais uma prova daquilo que o Espiritismo define como a presença permanente de Deus no homem. Porque é a presença de Deus no homem, a presença do bem no homem. O desejo que o homem tem de atingir o bem que leva, mesmo o materialista, mesmo aquele que não acredita na sobrevivência do homem após a morte, a procurar sempre a prática do bem e a ser honesto. De acordo com o que dizia por exemplo Descartes. Decartes dizia assim: “a ideia de Deus está no homem como a marca do obreiro na sua obra.” Um indivíduo faz uma obra de arte e põe ali a sua marca. Deus fez o homem e pôs nele a Sua marca. A marca de Deus no homem é a ideia de Deus que está dentro de todo homem, mesmo do ateu, mesmo do materialista. E também a estrutura da consciência humana. A consciência humana estruturada por Deus, ela busca sempre o Bem. Procura guiar-nos sempre no sentido do Bem. E por isso o materialista, o ateu também é guiado por Deus na sua consciência.
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Pergunta 9: Quanto a pronúncia dos nomes: Leon Denis e Emanuel.
Locutor - Agora outra coisa que eu gostaria de saber. Por que se escreve Léon Denis e pronuncia-se "Leon Deni"? E Emmanuel e pronuncia-se "Emano"?
J. Herculano Pires - Na verdade escreve-se Léon Denis porque este nome é francês. E em francês, em geral, não se pronuncia o último “s” em palavras como esta, que terminam em “i”. Então o “i” se torna agudo. A expressão é "Leon Dení", porque é uma palavra francesa e não, portuguesa. Escreve-se naturalmente o nome na língua de origem e devemos pronunciar como ele é. Quanto ao problema de Emmanuel, é o seguinte. Não é Emano que falamos, é Emânuel. Emânuel, é o mesmo Emmanuel. É como se escreve, Emmanuel. Mas na pronúncia latina, nós passamos então a tônica para o “a”. Emânuel, Emânuel. Creio que a senhora ficou esclarecida. E porque se faz a pronúncia latina de Emmanuel? Porque Emmanuel foi um senador romano. Foi portanto uma figura do mundo latino e o nome dele era pronunciado assim em vida.
Emmanuel.
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O Evangelho de Jesus em Espírito e Verdade. Não se enrole na letra que mata, procure o Espírito e vivifica.
Abrindo o Evangelho ao acaso, encontramos o seguinte. Primeira a Corintios, 15:35-38.
“Mas alguém dirá: como são ressuscitados os mortos? E em que qualidade de corpo vêm? Insensato, o que tu semeias não se vivifica sem que morra. E o que semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o mero grão como, por exemplo, o de trigo ou de alguma outra coisa. Deus, porém, lhe dá um corpo como lhe aprouve e a cada uma das sementes, um corpo próprio.”
J. Herculano Pires - Neste trecho da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, nós temos uma excelente resposta dada, há quase 2 mil anos, àqueles que perguntam o seguinte: Como podemos ressuscitar, se não for no corpo material? É neste corpo que nós temos de ressuscitar, porque nós nele vivemos e morremos? E a ressurreição tem que implicar também a volta do corpo a vida? Paulo responde simplesmente a essas pessoas, há 2 mil anos, ele já respondeu, dizendo assim: "Insensatos!" Insensatos realmente. Porque o corpo que se planta, como ele diz muito bem, é aquele que vai se dissolver na Terra. E o que ressuscita é outro corpo. Com isto, Paulo nos dá a técnica da ressurreição de uma maneira perfeitamente espírita, bem integrada na concepção espírita. Morremos. Enterra-se o corpo material. Mas o corpo espiritual é o corpo da ressurreição, como disse o apóstolo Paulo, e nele é que ressuscitamos.
Você que é espírita há muitos anos, conhece Espiritismo? Você que já doutrinou tantos Espíritos, conseguiu doutrinar-se a si mesmo? Ou você é daqueles que dizem: Espiritismo se aprende na prática. Se você for um desses botocudos, trate de mudar de jeito agora mesmo. Comece a ler sem demora o livro de Allan Kardec, Iniciação Espírita, e veja a extensão da sua ignorância doutrinária. Tenha humildade, amigo. Pois é melhor ser humilde aqui na Terra, do que ser humilhado depois da morte. E da morte, ninguém escapa.
No Limiar do Amanhã, uma arrancada para o futuro.