Nasce, no dia 25 de setembro, na antiga Província de Rio Novo, hoje a bela cidade de Avaré, no interior de São Paulo.
Trabalha, como tipógrafo auxiliar, ajudando na publicação do tablóide O PORVIR, jornal de seu pai, que mais tarde ele dirigiria até 1929.
Publica seu segundo livro, com dezoito anos de idade, Coração, livro de sonetos e poemas. O lançamento deste livro foi registrado pela imprensa de São Paulo e a do Rio de Janeiro.
Nesse ano assume a direção da tipografia de seu pai e torna o jornal, O Porvir, órgão oficial da União Artística do Interior (UAI) que funda em Cerqueira César.
Envia para Cairbar Schutel um artigo analisando o livro de Paulo Setúbal, Confiteor, que Schutel seleciona para publicar na Revista Internacional de Espiritismo. Schutel desencarnou antes da publicação do número da revista que continha o referido artigo.
Em 08 de agosto, cria A Cruzada Papai Noel, com a finalidade de preparar um Natal risonho, para as crianças pobres de Cerqueira César.
Em 11 de dezembro, casa-se com Maria Virgínia Anhaia Ferraz, com quem teve quatro filhos. O casamento foi realizado somente no civil, pois os noivos eram espíritas porém houve uma grande festa para comemorar.
Realiza o I Congresso Espírita da Alta Paulista, onde teve sua tese sobre a formação de Conselhos Espíritas Municipais em todas as cidades, aprovada por unanimidade.
A Editora Lake, publica o livro O reino, tese de Herculano Pires apresentada no I Congresso Espírita da Alta Paulista com o título O espiritismo e a construção de um novo mundo – estabelecimento do reino de Deus na Terra.
A Editora Civilização Brasiliense lança seu livro Estradas e ruas, poemas da Alta Paulista, que recebeu, de Érico Veríssimo, a seguinte crítica: “são vigorosos e me parecem muito mais cheios de substância do que muita coisa que anda por aí, editada e reeditada.”
Em 31 de outubro, muda-se para São Paulo, pois o jornal Diário Popular começava a tornar-se deficitário.
Começa a fazer uso do pseudônimo Irmão Saulo, para publicação de crônicas espíritas nos Diários Associados.
Funda o Clube dos Jornalistas Espíritas do Estado de São Paulo que funcionou por 22 anos.
Dirige o jornal O Kardecista, órgão oficial do Clube dos Jornalistas, fundado em 31 de março.
Realiza no Teatro Municipal de São Paulo, uma das maiores Campanhas do Livro Espírita, do Brasil.
Ajuda a organizar o II Congresso Estadual Espírita, no qual também é palestrante.
Escreve o romance Barrabás, o primeiro da trilogia a Conversão do Mundo.
Edições O Minuto lança primeira edição de África — um opúsculo contendo um poema que foi distribuído ao público no dia 13 de maio, no auditório do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo, durante sessão comemorativa da libertação dos escravos.
Sua obra Barrabás é laureada com o Prêmio do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo.
É eleito presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo.
Gradua-se em Filosofia, especializando-se em História e Filosofia da Educação, na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo.
Herculano assume o cargo de Professor da Cadeira de Filosofia da Educação da Faculdade de Filosofia de Araraquara, exerce este cargo até 1962.
Em março, é convidado pelo governador Carvalho Pinto, em nome do Presidente Jânio Quadros, para assumir a chefia do Sub-Gabinete Civil da Presidência da República em São Paulo, cargo que recusa, por não ser político.
Em novembro preside o III Congresso de Jornalistas e Escritores Espíritas, realizado em Belo Horizonte.
Em 30 de agosto, Herculano participa ativamente da criação do Instituto Paulista de Parapsicologia.
Em 25 de outubro é lançado oficialmente o livro Murais no saguão da Estação da Luz.
Termina e publica o romance Lázaro, o segundo livro da trilogia.
Em 03 de janeiro há o lançamento da revista, Educação Espírita, no auditório da Federação Espírita do Estado de São Paulo.
Em 17 e 18 de novembro, Herculano, ministra um curso de Parapsicologia na PUC.
Devido à publicação, pela FEESP, de uma tradução de O Evangelho Segundo O Espiritismo, adulterado, lança o tablóide, MENSAGEM, em defesa da obra de Kardec, distribuindo gratuitamente mais de 60.000 exemplares por todo o Brasil.
Publica o romance Madalena, que completa a trilogia.
Em 09 de março, retorna ao mundo espiritual. Desencarna às 22 horas, sendo sepultado no Cemitério São Paulo, quadra 37/lote 62 A.
(Dados extraídos da biografia de J. Herculano Pires de autoria de Jorge Rizzini, sob o título J. Herculano Pires O Apóstolo de Kardec, Editora Paidéia, 2001).
Redige seu primeiro soneto, com apenas nove anos.
Publica uma coletânea de pequenos contos, com o título Sonhos azuis, tinha apenas 16 anos incompletos. Nesse mesmo ano, Herculano escreve: "O sonho das vagas", poema em prosa, "Cidades vivas", "Cabo Velho e Cia.", "Nhô Chico Bananeiro" e "O serenista".
Transforma o jornal O PORVIR em uma revista literária, dando-lhe o nome de A Semana. Neste ano conhece, O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, e converte-se ao Espiritismo.
É eleito presidente do primeiro centro espírita da cidadezinha de Cerqueira César.
Herculano Pires pronuncia sua primeira conferência doutrinária, por ocasião de uma concentração espírita na cidade de Ipauçu, no interior de São Paulo. Nesse evento conheceu Maria Virgínia de Anhaia Ferraz, com que se casa em 1938.
Muda-se para Marília, uma cidade com maiores possibilidades profissionais. Trabalha como jornalista no Diário Paulista, jornal do qual se torna proprietário, com vinte seis anos de idade.
Cria a revista Cabocla, em formato grande, a revista no entanto, não teve a repercussão que merecia e faliu.
Ingressa nos Diários Associados, como repórter e, meses depois assume o cargo de cronista parlamentar, fazendo a cobertura jornalística da Câmara Municipal de São Paulo.
Neste ano Herculano Pires ingressa na Academia Paulista de Jornalismo, ocupando a cadeira cujo patrono — por ele mesmo escolhido — é Cornélio Pires.
Colabora com a realização do lº Congresso Espírita do Estado de São Paulo, trabalhando como Diretor de Propaganda e na Comissão de Teses.
Foi integrante do Conselho Deliberativo da USE, fundada em 05 de junho.
Herculano faz parte do recém-criado Departamento de Educação da USE, onde projeta e convoca o I Congresso Educacional Espírita Paulista, um congresso pioneiro no Brasil.
Funda o Comando Jornalístico do Diário da Noite, sendo que em 19/04/1949, a primeira série de reportagens é publicada: “Há ou não fenômenos espíritas em São Paulo?”.
Termina de escrever o romance Daga Moriga, que retrata a aparente vida pacata da cidadezinha de Itaí, onde passou grande parte da sua infância.
A Editora e Livraria Allan Kardec, publica o livro Daga Moriga.
Em outubro, a TV Paulista canal 5, apresenta o livro Barrabás, em forma de tele-teatro.
Inicia "Os Serões Espíritas", no Clube dos Jornalistas Espíritas do Estado de São Paulo, que consistia debater com o público temas doutrinários, em clima democrático..
Em 14 de janeiro, é sua formatura, no auditório do Teatro de Cultura Artística.
Preside o Clube dos Jornalistas e Escritores Espíritas do Estado de São Paulo e organiza o II Congresso Brasileiro de Jornalistas e Escritores Espíritas em comemoração ao I Centenário da Revue Spirite.
O romance Barrabás é adaptado para o teatro, e apresentado no dia 11 de outubro no Teatro João Caetano.
Orienta o Clube dos Jornalistas do Estado de São Paulo a convocar a Primeira Convenção Espírita em Defesa da Escola Pública, realizada em julho no auditório da Federação Espírita do Estado de São Paulo.
A Câmara Brasileira do Livro homenageia Herculano Pires com um diploma “como reconhecimento de sua atuação em favor da difusão do livro e da cultura no Brasil”.
Em agosto, deixa a cátedra na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Araraquara.
A Editora Pensamento publica o livro O espírito e o tempo.
Após 22 anos de atividades é extinto o Clube dos Jornalistas e Escritores Espíritas.
A 31 de março, Herculano aposenta-se, aos 56 anos nos Diários Associados.
Participa da organização do III Congresso Educacional Espírita Paulista.
Em Dezembro escreve a primeira revista Educação Espírita.
No dia 25 de junho participa da Segunda Bienal Internacional do Livro, no Parque Ibirapuera , dando autógrafos junto com Chico Xavier.
Em 19 de agosto, Herculano, funda a Editora Paidéia Ltda., sem fins lucrativos para divulgação da doutrina espírita.