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heculano microfone

J.Herculano Pires foi comunicado que Roberto Montoro, proprietário da Rádio Mulher, pretendia colocar na programação da emissora um programa espírita semanal, com a duração de uma hora. E mais: desejava fosse o programa estruturado e apresentado por ele.  O apóstolo de Kardec aceitou o convite, pois lhe fora assegurado que teria a mais ampla liberdade, “podendo tratar do espiritismo em todos os seus aspectos, sem restrição, e responder a qualquer pergunta” dos ouvintes.

No Limiar do Amanhã ia ao ar aos sábados à noite e obteve sucesso imediato em São Paulo. A Rádio Mulher passou a reprisá-lo aos domingos, pela manhã. A Rádio Morada do Sol, de Araraquara e a Rádio Difusora Platinense, de Santo Antônio da Platina, no Paraná, retransmitiram-no, também, com expressiva audiência. O vigoroso programa prestou inestimável serviço à doutrina espírita durante três anos e meio. Herculano Pires, obviamente, jamais aceitou da Rádio Mulher qualquer espécie de remuneração.

Nesta seção do site, você vai poder ouvir os áudios originais dos programas, e também ler o texto  integral da transcrição.

 AGRADECIMENTOS

A Fundação Maria Virgínia e J. Herculano Pires agradece a todos os que colaboraram com a criação do acervo desta seção, doando gravações dos programas, em especial a Aldrovando Góes Ribeiro, Maria de Lourdes Anhaia Ferraz e Miguel Grisólia.

 

 

No Limiar do Amanhã, um desafio no espaço.

 

O homem possui dois braços, mas o espírito possui duas asas. O homem anda, o espírito voa. O homem se equilibra no chão sobre os pés e seus braços lhe permitem vencer as dificuldades terrenas. O espírito se livra no espaço e suas asas lhe permitem alcançar as estrelas.

 

As asas do espírito são a fé e a razão. Kant, o filósofo, entendeu que a fé é divina e a razão é terrena, por isso estabeleceu os limites da razão, limitando-a às coisas sensíveis. A razão é a medida das coisas materiais e não pode ir além delas. Mas Kardec lembrou que existe a razão divina e mostrou que também a fé se divide em duas categorias: a humana e a divina.

 

A razão humana nos permite viver na Terra e cuidar das coisas terrenas com lucidez e segurança. A razão divina nos permite elevar-nos ao céu e tratar das coisas celestes com clarividência e certeza. O homem lúcido se guia pela razão humana. O homem clarividente se orienta pela razão divina.

 

Mas o que é a razão e o que é a fé?

 

Sim, o que é a razão e o que é a fé?

 

A razão é a experiência transformada em conhecimento. Conhecemos o mundo pela experiência das vidas sucessivas. No começo é o instinto, gérmen da razão que nos leva a experiência. A experiência nos faz conhecer as coisas, aprendemos a lidar com elas. É assim que se estruturam em nossas mentes as categorias da razão.

 

A fé é a confiança que temos no conhecimento adquirido. Essa confiança nos impele a novas experiências e a novos conhecimentos. O homem do mundo tem fé em si mesmo, na sua capacidade de lidar com o mundo e atingir os seus objetivos. Essa é a fé humana, sem ela ninguém pode vencer. O homem espiritual, além da fé humana possui a fé divina, tem fé em Deus e na sua capacidade espiritual de se elevar a Deus.

 

Fé e razão se conjugam, mas a fé sem a razão é apenas instintiva e se apoia na emoção. Kardec a chamou de fé cega e mostrou seus perigos. É a fé que leva ao fanatismo, ao “creio, mesmo que absurdo”. A fé que leva o homem às guerras de religião, a contradição de matar o seu semelhante por amor e caridade, como nos tempos antigos e nas fogueiras medievais. Por isso, Kardec proclamou a necessidade da fé raciocinada. O homem de hoje necessita da fé esclarecida, da fé iluminada pela razão. E necessita da razão iluminada pela fé, da razão que não se limita ao mundo sensorial, que se eleva acima das coisas transitórias para lidar com ciência e seu destino superior.

 

No Limiar do Amanhã, um programa desafio. Produção do Grupo Espírita Emmanuel, transmissão número 148, terceiro ano, direção e participação, professor Herculano Pires.

 

Não queremos converter ninguém, pomos a luz em cima do alqueire porque esse é o nosso dever. A luz é um desafio a todos os que se acomodam no escuro. Não estamos a serviço de nenhuma igreja, de nenhuma seita. Nosso diálogo radiofônico está aberto a todos os que buscam a verdade. Não se pode buscar a verdade com ideias preconcebidas, a verdade brota dos fatos, da experiência vital e não dos sofismas ou dos dogmas de fé.

 

Diálogo no Limiar do Amanhã. Entre nesse diálogo, amigo ouvinte, enviando-nos as suas perguntas, ouvindo as nossas respostas e contestando-as quando for o caso. Estamos no ar para dialogar.

 

Perguntas e respostas.

 

Pergunta 1: Comunicações do espírito Ramatís

 

Locutor - O ouvinte Orlando Calhumi, de Santo André, felicita o nosso programa e a Rádio Mulher pelo alto gabarito dessa apresentação radiofônica. São dele essas palavras, e faz as seguintes perguntas: primeira, como são encaradas pelo senhor as comunicações de Ramatís?

 

J. Herculano Pires - As comunicações de Ramatís, segundo já tive oportunidade de declarar várias vezes aqui neste programa, não passam de comunicações de um espírito pseudossábio. São comunicações que nada trazem de novo. Elas se baseiam em livros, aliás, bastante antigos, como os livros escritos através de psicografias na vila de Gracia, na Espanha, no século passado, livros de Camille Flammarion, o livro Harpas Eternas da Argentina, muito conhecido na Argentina. São as fontes de que se servem Ramatís. Na verdade, portanto, ele se revela como um espírito que poderia ser chamado aqui na terra de plagiário. Ele não traz novidade nenhuma, mistura coisas contraditórias, faz afirmações absurdas. É portanto um espírito tipicamente pseudossábio e não, sábio, segundo a definição d'O Livro dos Espíritos.

 

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Pergunta 2: Espiritismo: Religião do futuro

 

Locutor - Sendo o Espiritismo uma religião do futuro, pois é sem dúvida a Terceira Revelação, qual será o papel das outras religiões como a protestante, a católica etc., se persistirem em seus dogmas atuais? O senhor acha que haverá coexistência pacífica, até que o Espiritismo possa triunfar em definitivo?

 

J. Herculano Pires – Não. O Espiritismo não pensa em triunfar sobre todas as demais religiões. É preciso compreendermos o problema do desenvolvimento histórico da cultura. A cultura se desenvolve por etapas, por fases sucessivas. Mas quando a cultura chega no seu ponto final, ela formula, por assim dizer, uma síntese, ela realiza uma síntese de tudo aquilo que foi investigado e que foi conseguido anteriormente. Ora, o Espiritismo se apresenta como a terceira e última fase do desenvolvimento do cristianismo. O cristianismo, surgiu numa fase de antecipação, com as profecias bíblicas que anunciavam a vinda do Messias e, podemos dizer, com todos os Mandamentos fundamentais da Bíblia. Aqueles princípios fundamentais que balizaram a religião judaica antiga. Foi dali que surgiu o cristianismo. Por isso Kardec chamou a revelação de Moisés como Primeira Revelação, primeira revelação do ciclo final das revelações que vinham desde a era das cavernas, através das religiões primitivas, até as grandes religiões do mundo oriental, nas chamadas civilizações orientais.

 

Pois bem. Desta Primeira Revelação, surge a Segunda, que é o cristianismo. A Segunda Revelação está codificada, por assim dizer, nos Evangelhos. Ela nos oferece um desenvolvimento da revelação de Moisés, num sentido infinitamente mais amplo e tendo uma conotação universal. Ela não se restringe como a de Moisés, a um povo, a uma raça e a um local. Ela se dirige a todo o Universo, é a revelação cristã. Mas essa revelação cristã teria de atingir um ponto culminante, porque ela não seria entendida, como realmente não foi. Quem lê os Evangelhos hoje, à luz dos esclarecimentos espíritas, não pode nem compreender como os teólogos, os sacerdotes, os seguidores das várias religiões cristãs, não enxergaram, no Evangelho, os seus princípios fundamentais. Não viram ali a lei da reencarnação, a lei de ação e reação ou do carma. Ou seja, aquela lei que Jesus definiu tão bem quando falou assim, “quem com ferro fere, com ferro será ferido”. Nada disso foi visto. Tudo isto ficou, por assim dizer enublado, pela fase mitológica em que se desenvolveu o Evangelho. Imperou a mitologia sobre a verdade clara, meridiana dos ensinos de Jesus e Jesus foi transformado em mito. Então este mito que é o antimito por excelência, porque Jesus nunca pretendeu ser um mito. Ele sempre foi um homem, um homem declaradamente, firmando-se sempre "eu sou o Filho do Homem". E quando ele dizia: “eu sou Filho de Deus”, ele lembrava que nós também somos filhos de Deus, portanto não era um privilégio dele. Mas transformaram Jesus em mito e obscureceu-se a claridade do cristianismo. Ora, teria de vir então aquilo que Jesus prometeu. Jesus declarou aos seus apóstolos que na época necessária, está lá no Evangelho, um registro típico do Evangelho, na época necessária, quando os homens estivessem em condições de compreender verdades mais amplas, ele pediria a Deus, "ele" pediria a Deus, veja-se bem a distinção, ele de um lado como filho, Deus de outro como Pai, pediria a Deus e Deus enviaria a Terra o Espírito da Verdade. Esse Espírito da Verdade viria revelar toda a verdade sobre o ensino cristão que havia desaparecido sob o joio das influências pagãs, judaicas e gregas, trazidas para a religião cristã.

 

Assim o Espiritismo se apresenta como a fase de esclarecimento do ensino de Jesus. É a fase final do desenvolvimento do cristianismo. Mas nós temos de lembrar que o cristianismo não domina todo o mundo. Nós temos outras religiões, temos as religiões indianas, as antigas religiões desde o tempo da Vedanta até os brâmanes atuais. Temos a religião budista que nasceu da própria religião bramânica; temos a religião islâmica, que é também um ramo do cristianismo, é um ramo cristão porque o Corão, o livro fundamental dos islâmicos, dos maometanos, se apoia na Bíblia e nos evangelhos. E assim temos outras várias religiões como as da China, do Japão e de outras partes do mundo, onde os homens também buscam a Deus através de suas próprias fórmulas religiosas, de sua interpretação particular dos problemas espirituais. Seria absurdo pretender-se que uma religião qualquer dominasse o mundo absolutamente e impusesse a todo mundo, a sua verdade particular. Kardec esclarece muito bem que nenhuma religião possui toda verdade, nenhuma, e que o Espiritismo não tem essa pretensão também. Por quê? Porque o Espiritismo sabe que nós estamos numa fase de evolução, de desenvolvimento da consciência humana, de formação do próprio homem. Que o homem ainda não é um ser acabado, é um ser em desenvolvimento, é um embrião, por assim dizer, que está se desenvolvendo rumo ao futuro. Então a verdade irá se esclarecendo cada vez mais na proporção em que o homem evoluir. Aquela verdade cristã, que não podia ser entendida no tempo de Jesus, hoje já pode ser entendida. Nós entendemos e o Espírito da Verdade, através dos ensinos do Espiritismo, nos esclarece toda essa verdade, na possibilidade do nosso entendimento, é claro. Mas além desta possibilidade, existem problemas que só no futuro serão esclarecidos. Problemas que hoje nós não podemos enfrentar. Por exemplo, muitas pessoas perguntam assim: por que Deus criou o mundo dessa maneira? Por que fez o homem como um princípio de perfeição, como uma semente que vai se desenvolvendo através do tempo? Por que ele já não fez o homem completo e perfeito? Ora, essa é uma pergunta que não tem cabimento nos tempos atuais, porque não há possibilidades de nenhuma resposta lógica para isso. Primeiro, porque a nossa mente é uma mente ainda bastante restrita. Nós vivemos num corpo animal e a nossa mente funciona através de um cérebro animal, que é o cérebro do homem, provindo da evolução das espécies animais na Terra. Como queremos que essa mente vá penetrar nos desígnios primeiros de Deus, que é a mente absoluta, inteiramente afastada da pequenez e das restrições da mente humana, que é a mente cósmica que domina o Universo todo?

 

É claro que isso só quando o homem evoluir muito, quando ele atingir planos muito mais elevados é que ele vai poder compreender. Assim o Espiritismo não pretende absolutamente dominar o mundo. O que ele pretende é simplesmente desenvolver, esclarecer cada vez mais as verdades fundamentais do cristianismo, que considera como sendo a religião mais elevada existente na Terra. E à proporção que vai esclarecendo esses problemas, ajudar, com este esclarecimento, a evolução das demais religiões. Enquanto o homem se dividir em tipos diversos de psicologia, tipologia psicológica variada, em graus de inteligência variados, em graus de sentimentalidade ou afetividade também diversos, não é possível ter-se uma religião única. Como não é possível ter-se uma pátria única, uma língua única para o homem. Mas na proporção em que o homem for se desenvolvendo e atingindo graus mais elevados de evolução, isso se tornará possível, sempre num sentido geral, respeitando-se naturalmente as características particulares de várias massas de população. De maneira que o Espiritismo não tem a pretensão de dominar o mundo como religião única, e sim, de auxiliar as religiões como Kardec esclareceu muito bem, logo na introdução do seu livrinho intitulado O que é o Espiritismo.

 

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Pergunta 3: O que é a Mediunidade?

 

Locutor - Professor, a ouvinte Rosa Maria de Campos, da Rua Bartolomeu Feio, Brooklin Paulista, pergunta: o que é a mediunidade? Não ouvi ainda nenhum esclarecimento sobre isso. Um dom que Deus concede a algumas pessoas? Por que não concede a todas? E por que há médiuns que são pessoas más e mentirosas e há pessoas boas e honestas que não são médiuns?

 

J. Herculano Pires - A mediunidade é definida no Espiritismo de maneira bem clara, ela é uma faculdade humana natural. Nós temos várias faculdades. Temos a faculdade intelectiva ou da inteligência, temos a faculdade sensitiva ou sensorial, da percepção das coisas. Temos diversas faculdades que nos ajudam a captar a realidade do mundo, interpretá-la, senti-la, vivê-la. Através dessas faculdades nós progredimos, nós nos desenvolvemos na Terra. Pois bem. A mediunidade é uma faculdade como essas outras, como a vontade, como a percepção, como a inteligência, como a faculdade, inclusive, da criatura poder compreender certas coisas que escapam a razão, que é a faculdade intuitiva. Então, a mediunidade pertence a todos. Aquilo que a senhora pergunta, por que Deus não deu a mediunidade a todos, já está respondido. Deus deu a mediunidade a todos, todos nós somos médiuns, todos nós temos esta coisa que hoje a Parapsicologia chama de percepção extrassensorial. Preste bem atenção nesse termo. Percepção, nós todos percebemos as coisas através dos nossos sentidos, do tato, da visão, do olfato, do ouvido, nós captamos a realidade através dos sentidos orgânicos. Mas existe uma outra faculdade de percepção que não era até agora considerada cientificamente. É a capacidade de percepção fora dos sentidos, capacidade extrassensorial, capacidade que não depende dos sentidos orgânicos. Esta capacidade é a mediunidade, a mediunidade no seu aspecto de percepção. Mas existem outros aspectos da mediunidade. A mediunidade percebe, por exemplo, a presença dum espírito. Sensitivamente, o organismo humano já anuncia, por certas reações orgânicas, a presença de uma entidade espiritual perto do indivíduo. O indivíduo sente que o seu corpo todo como que se eletriza com aquela presença. Ele está captando a presença, mas se ele quer transmitir alguma coisa a respeito desta presença, ele precisa sintonizar-se com ela. Então vem a ligação vibratória entre o médium e o espírito, e dá-se a comunicação. Então temos uma capacitação mais intensa que é a própria vivência pelo médium daquela entidade que está presente ali junto dele no plano espiritual e atuando sobre ele através de energias espirituais.

 

Então, a mediunidade permite a comunicação entre os dois mundos, o mundo material e o mundo espiritual. Ora, esta faculdade humana todos nós a possuímos, mas ela varia de grau, assim como todas as demais faculdades humanas variam de grau. Poderíamos perguntar assim: por que Deus deu inteligência apenas a alguns homens? Não é verdade. Deus deu inteligência a todos os homens. Alguns desenvolveram mais essa inteligência, porque a aplicaram melhor, porque através das suas vidas sucessivas dedicaram-se a estudos, aprofundaram-se seriamente num trabalho intelectual que lhes aprimorou as faculdades intelectivas, outros, não. Outros ou não tiveram ainda oportunidade necessária para isso ou "dormiram no ponto", como se costuma dizer. Não avançaram, não aproveitaram as suas faculdades, não a desenvolveram, preferiram passar vidas e vidas tratando apenas de problemas cotidianos, rotineiros, sem indagar nada além daquilo que lhes caía nas mãos, de probleminhas imediatos de fácil solução. Não desenvolveram a sua faculdade intelectiva.

 

Assim acontece no campo da mediunidade. Há aqueles médiuns que podiam ser chamados "os médiuns geniais", como dizemos das inteligências geniais. Existem homens de inteligência genial que superam de muito a capacidade intelectiva dos seus semelhantes. Existe médiuns de capacidade mediúnica genial que superam, de muito, a capacidade mediúnica dos seus companheiros no trabalho espírita. Por quê? Porque são criaturas que desenvolveram e aprimoraram a sua mediunidade através dos tempos. O senhor poderia perguntar por exemplo, por quê? E me parece que há uma certa conotação com isso na sua pergunta: por que essa mediunidade, que assim se desenvolve, ela não pode ser forçada, por exemplo, por um indivíduo que tem um pouco de mediunidade, para torná-la mais aguda? Pode. Pode perfeitamente. Todo indivíduo, segundo o próprio Kardec explica, através do trabalho mediúnico persistente, da sua dedicação ao campo da mediunidade, desenvolve a sua faculdade e a sua faculdade atinge, às vezes, graus de percepção e sensibilidade com que ele nem sequer sonhava. Assim podemos entender portanto a mediunidade. Mas quando o senhor pergunta: eeesta faculdade, o que é? Nós diremos o seguinte: a definição da mediunidade em si, como definição, pode ser dada da seguinte maneira. A mediunidade é a percepção direta do espírito sem o corpo, a percepção da mente sem o cérebro. É uma percepção direta, portanto, no momento em que funciona a mediunidade, o espírito está mais ou menos desligado do corpo, daí o estado de transe em que cai o médium.

 

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Pergunta 4: Curas e operações espirituais – Chico Xavier

 

Locutor - Professor, ainda a ouvinte Rosa Maria de Campos, da Rua Bartolomeu Feio, no Brooklin Paulista, pergunta: existem curas e operações espirituais? Se existem por que Chico Xavier não foi curado dos olhos e por que precisou ser operado em um hospital de São Paulo, há pouco tempo?

 

J. Herculano Pires - Realmente existem curas espirituais, operações espirituais, como existem numerosos fenômenos materiais. Se nós sabemos, por exemplo, que os espíritos podem provocar fenômenos de movimentação de objetos à distância do médium, e isso está hoje provado cientificamente, não apenas pelo espiritismo, nem somente pela parapsicologia, mas até mesmo pelas pesquisas físicas e biológicas realizadas a respeito, tanto nos Estados Unidos, quanto na Rússia, fora do Espiritismo... Se nós sabemos que os espíritos podem fazer isso, é claro que devemos compreender que eles podem também operar, podem operar. Agora, há várias modalidades pelas quais eles podem operar. Há problemas que ainda escapam, muitas vezes, à nossa compreensão imediata. Por exemplo, o Espiritismo sustenta que nós temos algo que se chama "corpo espiritual". Aliás, isto não foi o Espiritismo que descobriu, isso já vem do cristianismo. E quem lê, por exemplo, a Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, vê que o apóstolo Paulo define muito bem esse corpo, dizendo que o corpo espiritual é um e o corpo animal é outro. E que quando nós morremos o corpo material ou animal é enterrado, vai se dissolver na terra, mas o espírito ressuscita no corpo espiritual. E por isso, o apóstolo Paulo, nessa Primeira Epístola aos Coríntios, leia bem essa epístola, principalmente aqueles que se apegam muito ao texto evangélico, leiam para compreender bem isto. Por isso, este corpo espiritual é chamado pelo apóstolo Paulo, está lá no Evangelho, é chamado pelo apóstolo Paulo de "corpo da ressurreição". Por isso, também ele estabelece comparação entre a ressurreição nossa, quando nós morremos e a ressurreição do Cristo, mostrando que a ressurreição do Cristo não foi um milagre, não foi uma coisa extraordinária, foi um acontecimento natural porque todos nós morremos e ressuscitamos. O que acontece é que os judeus pensavam que a ressurreição era sempre na carne, no corpo material. Porque o espírito, uma vez ressuscitado no corpo espiritual, ele reflete, por assim dizer, neste corpo, todas as condições do corpo material que deixou na Terra. E quando ele se apresenta num fenômeno de materialização, podendo ser tocado, como Jesus por exemplo manifestou-se a Tomé e mandou que ele lhe o tocasse o corpo. Quando ele se manifesta assim, ele dá a impressão de estar na carne, mas na verdade não está. É o corpo espiritual condensado, segundo ensinam os espíritos. A mesma teoria da física moderna que diz que a matéria é uma condensação de energia, explica esse fenômeno da condensação do perispírito ou corpo espiritual, para que o espírito se manifeste como se estivesse encarnado. Então os judeus, pensando assim, não entendiam a ressurreição de Jesus e consideravam, os próprios apóstolos consideravam também essa ressurreição como um milagre, uma demonstração da divindade de Jesus. Nós hoje sabemos que não é assim. Nós todos ressuscitamos e o próprio Jesus fez questão de deixar isso bem claro, quando disse que nós todos somos deuses, de acordo com o que está escrito na bíblia, e que a nossa destinação não é desaparecer no túmulo mas, sim, evoluir através da espiritualidade.

 

Ora, dessa maneira nós então podemos compreender que o corpo espiritual, o perispírito, ele exerce uma função muito importante nas comunicações mediúnicas e nas práticas de natureza curativa. Por exemplo, o indivíduo está necessitando de passar por uma operação em condições que ele não pode suportar essa operação. Ele não pode ir para um hospital, ser anestesiado e submeter-se a cirurgia material, porque o seu corpo não suportaria isso. Neste caso, os espíritos podem operá-lo. E podem operá-lo de duas maneiras. Podem retirá-lo do corpo material durante o sono e operá-lo no corpo espiritual ou perispírito, porque este corpo vai refletir a operação no corpo material e produzir a cura. Muitas curas podem ser feitas no Espiritismo através dos espíritos e fora do Espiritismo, isto não precisa ser no Espiritismo. Em todas as religiões, onde houver fé, onde uma pessoa apelar a Deus, a Jesus e aos espíritos superiores, pedindo que o auxiliem. Por exemplo, no catolicismo, uma pessoa pode apelar a um santo de sua devoção e ser atendido se tiver méritos, se realmente tiver fé, se de fato ela puder sofrer uma intervenção benéfica. Por isso, existem os milagres de Lourdes, os milagres de Fátima e assim por diante, no mundo inteiro. Quer dizer, onde há fé, onde há realmente capacidade de devoção e de compreensão do poder de Deus, o milagre, o assim chamado milagre, é possível. Mas para o Espiritismo não é milagre, é ação natural de entidades naturais, porque os espíritos não são seres sobrenaturais, eles pertencem à Natureza, estão dentro da Natureza, espíritos que agem assim.

 

Agora pergunta a senhora: por que Chico Xavier não pode ser curado dos olhos? Porque existe uma coisa que se chama "lei do carma", existe outra coisa que se chama "prova". Todo indivíduo vem à Terra passar por determinadas provas que põem, por assim dizer, à prova a capacidade sua, espiritual, de passar por dificuldades e, apesar de todas as dificuldades, trabalhar no bem, trabalhar com firmeza na fé. Ora, o caso de Chico Xavier é esse. Chico não pôde ser operado espiritualmente, os próprios espíritos lhe disseram isso, porque ele tem de enfrentar o problema dos seus olhos, da sua doença nos olhos, até o fim desta existência. Por outro lado, Chico precisou de uma operação que foi feita num hospital de São Paulo, uma operação da próstata. Por quê? Porque o seu próprio guia espiritual lhe disse: "você tem de passar por essa operação num hospital com médicos; você tem de ser cortado naturalmente na carne de acordo com necessidades da sua própria evolução espiritual". E até mesmo, naturalmente, com aquilo que o Chico, aquelas responsabilidades que o Chico assumiu no espaço como espírito, ao vir para a Terra. Então, o Chico que pode, através de sua mediunidade, produzir curas em outras pessoas, não pode curar-se a si mesmo nessas ocasiões, porque ele está sujeito a uma prova e ele tem de passar por essa prova.

 

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Pergunta 5: Fenômenos espíritas nas ruas, nas praças públicas.

 

Locutor - Professor, o ouvinte Jofir Augusto Maldonado, da Rua Estados Unidos, pergunta: por que os fenômenos espíritas só acontecem no meio espírita? Por que não acontece em toda parte, para todo mundo ver? Muita gente não acredita por causa disso. O senhor não poderia falar com os espíritos para que eles façam fenômenos nas ruas e nas praças públicas?

 

J. Herculano Pires - O senhor já imaginou o pandemônio que seria? Calcule uma coisa, pense um pouquinho. O senhor vai passando pela Praça da Sé e de repente um cidadão é elevado no ar, fica pairando no meio da rua assim no ar. O que que aconteceria? O senhor já imaginou? O senhor passa diante de uma vitrine e o seu chapéu é arrancado da cabeça e jogado dentro da vitrine. O senhor acha que isso seria benéfico? Isto valeria alguma coisa ou isto somente provocaria tumultos, confusões e até mesmo pavor, medo de muita gente? De maneira que é preciso compreender isso.

 

Quanto a dizer que os fenômenos espíritas só se passam no meio espírita, não é verdade. O senhor sabe que as primeiras manifestações dos fenômenos espíritas se deram na casa de uma família metodista protestante, nos Estados Unidos, a família Fox. As duas médiuns que lá se desenvolveram inicialmente para a produção de fenômenos, eram duas mocinhas protestantes, metodistas. E lá dentro foi que se desenvolveu um dos maiores médiuns do mundo, Reverendo Stanton Moses, um médium inglês. Era reverendo, era pastor da igreja anglicana e assim por diante. Quer dizer, os fenômenos espíritas se passam em qualquer lugar onde eles são possíveis e onde são convenientes, onde eles podem auxiliar e não prejudicar.

 

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Pergunta 6: Como desenvolver a mediunidade?

 

Locutor - Professor, a ouvinte Josefina de La Sierra, da Rua Domingos de Moraes, pergunta: como fazer para desenvolver a minha mediunidade? Dizem que a tenho, mas não sei como fazer. Os espíritos falam comigo, mas só eu escuto e os outros não acreditam, acham que estou ficando louca. Eles querem que eu faça coisas que não posso fazer e por isso ficam me torturando, dia e noite. Acho que o senhor pode me ajudar. Sou católica de família católica. Preciso mudar de religião? Isso me dará muita dificuldade na família. O que o senhor acha?

 

J. Herculano Pires - Primeiramente eu acho que esta sua pergunta chegou na hora H, na hora certinha. Quando a pergunta anterior se referia a falta de manifestação de fenômenos mediúnicos fora do meio espírita. Está aí, a senhora veio trazer uma prova belíssima, a senhora é católica, de família católica, e está desenvolvendo a mediunidade. Desenvolvendo a mediunidade naturalmente. Ora, está aí a prova daquilo que eu falei. Os fenômenos espíritas ocorrem por toda parte. Os espíritos não querem saber se a pessoa é católica, é protestante, é budista, é maometano ou é materialista. Não querem saber disso, eles só querem saber uma coisa: se a pessoa tem sensibilidade mediúnica. Se tiver sensibilidade mediúnica eles procuram comunicar-se através dela, seja lá o que for. Há muitos casos de sacerdotes médiuns, não apenas esse do reverendo Stanton Moses que eu me referi ainda há pouco. Aqui mesmo no Brasil nós já tivemos ocasiões de ver casos assim. Casos, inclusive, de pessoas que abandonam a sua ordem religiosa em virtude do desenvolvimento inesperado de suas faculdades mediúnicas. Ora, sendo assim, a sua pergunta sobre a sua própria mediunidade nos leva naturalmente a aconselhá-la a tomar conhecimento do assunto. Embora a senhora seja católica, é bom que a senhora tendo essa mediunidade de ouvir vozes, mediunidade auditiva, a senhora procure conhecer o que é a mediunidade, ler algum livro espírita a respeito.

 

Eu aconselho a senhora a ler o livro de Allan Kardec, Iniciação Espírita*. É realmente uma iniciação espírita mas a senhora não vai lê-lo com a finalidade de mudar de religião. Kardec dizia que o Espiritismo devia ser um auxiliar das religiões, não um competidor delas. Assim a senhora pode ler isto para conhecer o problema e aprender como a senhora deve se comportar. Não tenha receios. Dizem que é coisa do diabo. O diabo não é tão tolo que queira fazer coisas que levam as criaturas a Deus. Se o diabo existisse e se ele realmente quisesse tomar as almas de Deus, ele não ia levá-las para Deus, não é verdade? Ora, quando o diabo vem através da mediunidade mostrar que o homem não morre, que a criatura humana continua viva depois da morte, que essa criatura humana precisa pensar em Deus, orar a Deus, pensar em Jesus e orar a Jesus, para poder ela se manter ligada com os espíritos bons. Aqueles espíritos de que falava São João, principalmente na sua Epístola nos evangelhos, os espíritos que são de Deus ou que vêm de Deus. Ora, se o diabo fizesse isso, o diabo seria muito ignorante e estaria agindo contra ele mesmo! Não tenha medo disso. O problema do diabo a senhora deixa de fora e procura compreender que Deus é amor, como disse São João no seu Evangelho. Deus é amor. Ele nos ama a todos, não quer que ninguém se perca. Ele não pretende que ninguém seja extraviado, ele quer nos salvar a todos. E se Deus permitiu a senhora ter a mediunidade, é que a senhora conquistou essa condição através da sua evolução espiritual.

 

Então a senhora deve procurar entender o que é isso. Procurar desenvolver a sua mediunidade normalmente, conhecendo e sabendo controlá-la. Nesse livro Iniciação Espírita, no final do livro tem uma parte que é um livro dentro do livro, intitulado assim: Manifestações Mediúnicas. Nessa parte sobre as manifestações mediúnicas a senhora vai tomar conhecimento de toda variedade das manifestações mediúnicas e de como a senhora se comportar em face delas. Repito que a senhora não precisa mudar de religião. Há padres, felizmente, há padres que já compreendem bem isso. A senhora procure um padre esclarecido, um padre que não seja um espírito rombudo que está ainda na Idade Média, falando nas caldeiras de Satanás e coisa semelhante. Procure um padre que esteja atualizado, que seja consciente da sua responsabilidade espiritual perante os fiéis. E há hoje, felizmente, muitos padres assim. E converse com ele a respeito da sua mediunidade. Não vá procurar padres parapsicólogos, por favor. Porque a senhora vai encontrar uma turma, infelizmente, de criaturas que não entendem nada de religião e nem de parapsicologia, fazem uma tremenda mistura e terminarão querendo "fechar a sua mediunidade", a maneira do que fazem os macumbeiros, em terreiro. Não! Procure padres bem orientados dentro da sua religião, que não querem andar fazendo, nem tumultos por aí contra o Espiritismo, nem também submeter-se a condições de charlatanismo em face das ciências. Procure padres equilibrados e converse com eles. Tenha certeza de que a senhora encaminhará bem a sua mediunidade.

 

Mas não se deixe levar pelas vozes que insistentemente poderão influir na senhora, induzindo-a a praticar ações ou tomar atitudes que a senhora não deve tomar. É preciso cautela. Se a senhora sentir que nesse momento em que está cuidando da sua mediunidade, as vozes estão insistindo para levá-la a um terreno perigoso, a senhora então procure uma pessoa bem entendida e segura no assunto, para poder auxiliá-la.

 

* Este livro é atualmente publicado com o título "Introdução ao Espiritismo", pela Ed. Paidéia.

 

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O Evangelho do Cristo em espírito e verdade. Abrindo o Evangelho ao acaso, encontramos o seguinte: Lucas, 3:3-4.

 

“Ele percorreu toda a circunvizinhança do Jordão pregando o batismo de arrependimento para remissão de pecados. Como está escrito no livro das palavras do profeta Isaías: voz do que clama no deserto, preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas. Todo o vale será aterrado e todo monte e outeiro será arrasado, os caminhos tortos far-se-ão direitos e os escabrosos, planos. Todo homem verás salvação de Deus.”

 

J. Herculano Pires - Esse trecho do Evangelho de Lucas, como vimos trata da pregação de João Batista, o precursor. João Batista é que vinha preparar as veredas, aplainar os caminhos para que a pregação de Jesus, o Cristo, pudesse realizar-se de maneira efetiva e de maneira proveitosa. Ora, nós sabemos, mas convém sempre acentuar, que quando falamos da vinda do Cristo, nós estamos falando de um anúncio que era muito comum no tempo, de uma esperança judaica, mas que também existia nos outros povos. Porque todos os povos da Terra esperavam naquela época o advento de uma figura excepcional que viria remodelar o mundo, viria transformar a Terra. Ora, os judeus esperavam o Messias, os romanos por sua vez esperavam o advento, desde o tempo, como sabemos em que se firmaram as suas esperanças nesse terreno, de uma grande figura que ajudaria a modificar a face da Terra. Os gregos esperavam o Cristo. A palavra "Cristo", portanto, que quer dizer ungido, enviado. Esta palavra é grega e não, judaica. Nós podemos dizer que no tempo de Jesus ele não foi chamado Cristo. Na verdade, somente os seus discípulos gregos o chamavam de Cristo. Mas como a língua grega era realmente, naquele tempo, a língua superior, a língua da sabedoria e tinha, portanto, grande influência sobre as demais línguas, é evidente que essa língua grega tinha de superar, como superou, a língua aramaica e a língua judaica na designação do Cristo. Em vez de se falar Jesus de Nazaré, o Messias, passou-se a falar Jesus Cristo, Jesus Cristo. Então esta expressão Jesus Cristo encerra ao mesmo tempo a designação do homem, do homem Jesus, nascido em Nazaré, do homem Jesus nascido de mulher, segundo o apóstolo Paulo. E sob a lei, segundo o mesmo apóstolo e por outro lado o Cristo que é o mito, é a esperança, é o sonho da redenção humana através de um espírito superior que se encarnaria no planeta. Vemos então bem colocado, neste trecho de Paulo, esse problema de maneira bem visível. Mas vemos, também, o apóstolo falar na transformação dos caminhos humanos, de maneira simbólica mas, assim mesmo, bastante evidente. Os caminhos se endireitariam, aqueles caminhos que seriam difíceis de transitar se tornariam fáceis, planos, de fácil trânsito, tudo se modificaria com a ação do Cristo. E vemos que Paulo termina com uma afirmação enfática ao dizer assim: “todo homem verá a salvação de Deus”. Quer dizer, todo homem será salvo. Esta é uma afirmação enfática, com que o apóstolo Paulo encerra aqui a sua citação da própria Bíblia do profeta Isaías, no relato feito por Lucas, o evangelista.

 

Então vemos que é por assim dizer um documento válido, confirmado por autoridades diversas, desde o profeta Isaías até o apóstolo Lucas e a figura excepcional do próprio João Batista, afirmando essa verdade: “todo homem será salvo”. Esta é a tese do Espiritismo, no tocante à salvação humana. O Espiritismo não admite privilégios religiosos na salvação do homem. Não é porque o homem segue esta ou aquela religião, porque o homem está em estado de graça, segundo determinado sacramento que foi ministrado por um sacerdote, que ele será salvo. Não! A salvação é um processo de evolução. Deus não fez ninguém para se perder, todos nos salvamos evoluindo, desenvolvendo as nossas potencialidades interiores. Todos nós temos dentro de nós potencialidades vigorosas que nos levarão para o plano superior do espírito, na proporção em que as desenvolvemos. E todos nós temos de desenvolvê-las, porque estamos na vida para isso. A vida humana não é mais de que um treinamento constante das nossas possibilidades, a fim de podermos atingir aquele plano superior do espírito, em que na realidade nos elevaremos acima do comum dos mortais e venceremos a morte pela imortalidade. Daí, aquela expressão conhecida do apóstolo Paulo quando clama” “ó morte, onde está tua vitória”. Porque depois que ele compreendeu a lição cristã, a lição do Evangelho de Jesus, referente a salvação de todas as criaturas, ele viu que não existia morte para ninguém. Que todos se salvam através da evolução espiritual.

 

Não procure acomodar-se na suposta segurança da fé. Examine os problemas da fé. Deus lhe deu a razão para que você a use. Não se pode crer por crer, só devemos crer naquilo que conhecemos. Do contrário, estaremos sujeitos a grandes decepções. Muita gente se tornou descrente porque sua crença não tinha nenhuma base racional. Use a razão, amigo ouvinte, não se deixe embalar por argumentos desligados da realidade dos fatos. Leia, estude, medite, use a razão.

 

No Limiar do Amanhã, um convite à fé esclarecida.

 


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