Jorge Rizzini produziu diversos e valiosos documentários cinematográficos sobre fatos e personalidades espíritas.
Deixou-nos também entrevistas em vídeo, que você poderá assistir, conhecer ou rever.
Abaixo, você pode assistir a duas partes de uma entrevista que foi concedida por Jorge Rizzini, em sua residência, a Antonio Carlos Molina e Herculano Ferraz Pires, no ano de 2009. O entrevistado contava, então, 83 anos.
Os temas, todos relevantes para a história do próprio movimento espírita, são tratados com a naturalidade e a verve natural do médium e escritor Rizzini.
PRIMEIRA PARTE
Temas: Como Rizzini se descobriu médium e como a mediunidade influenciou sua vida. Como conheceu Herculano Pires. O desafio de ser espírita numa época de preconceitos. Importância espiritual da genialidade de Herculano Pires. Lideranças espíritas. A adulteração do Evangelho e o roustainguismo. Importância do Clube dos Jornalistas Espíritas do Estado de São Paulo. Editoras que só pensam em faturar. Quem foi o Irmão Saulo? Amizade e parceria de Herculano Pires com Chico Xavier. Importância de Dona Virgínia, a companheira. O jornal Mensagem.
PARTE 2
Temas: O "modismo" dos médiuns de materialização. A denúncia de mistificações e o "comando jornalístico" do Clube dos Jornalistas. A parceria de J. Herculano Pires com Ivani Ribeiro, para a novema "A Viagem". O programa de rádio "No Limiar do Amanhã". A tarefa dos vídeos sobre Arigó e as músicas mediúnicas. Os direitos sobre as músicas mediúnicas. A tentativa de roubo das músicas mediúnicas. Sobre o acervo Rizzini na Fundação MVJHP e divulgação pela internet.
“Quem diria, justamente os sacerdotes, incumbidos de lembrar aos homens a sua natureza imortal, iriam voltar-se contra as provas da sobrevivência e apelar até mesmo para os truques de magia e os passes hipnóticos a fim de provarem que os fenômenos espíritas não existem? Pois é o que temos aí, aos nossos olhos. Padres e frades ‘faquirizando’ contra o espiritismo, organizando grupos de sensitivos previamente treinados para exibições teatrais, fazendo artes em público e afirmando que somos herdeiros de poderes paradisíacos, puramente materiais.” Assim escreveu Herculano Pires, sobre os padres católicos que decidiram combater o espiritismo, afirmando que as manifestações espíritas não passavam de truques e visando desmoralizar os espíritas.
Talvez o mais famoso e persistente entre esses sacerdotes tenha sido o padre jesuíta Óscar González-Quevedo Bruzón (1930-2019), que segundo palavras de Jorge Rizzini em seu livro “J. Herculano Pires, o Apóstolo de Kardec”, era “o mais sagaz, agressivo e sarcástico”. Nessa mesma obra, contudo, lemos que o efeito foi diferente do esperado: “Os clérigos despertaram a curiosidade do povo para a fenomenologia espírita. Notem os leitores este exemplo. Quando Quevedo iniciara a campanha que parecia demolidora, existiam no país, apenas, três ou quatro editoras espíritas. Décadas depois elas somaram, aproximadamente, uma centena. O tiro quevediano, pois, saiu pela culatra...”
Durante a gravação deste vídeo, nas dependências da Fundação Herculano Pires, também estiveram presentes Paulo Henrique de Figueiredo, Antonio Carlos Molina e Herculano Ferraz Pires. Nele, Rizzini fala a Oceano Vieira de Melo sobre o desafio que fez a Quevedo, para um debate televisivo. Houve de fato vários debates na época, veiculados pela TV Record.