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PELA VIDA MELHOR
Francisco Cândido Xavier

Caro professor, Deus nos abençoe.

Vários são os nossos assuntos: incluindo ainda o justo êxito do seu nobre trabalho junto à nossa irmã Ivani Ribeiro em a “A Viagem”.

Compromissos de ausências periódicas e urgentes têm me impedido de lhe escrever mais longamente. Entretanto, acompanho sempre com grande contentamento suas nobres realizações em nosso campo de atividades espíritas e peço aos mensageiros da vida maior que os abençoem e fortifiquem sempre, sustentando-lhes as energias na construção da vida melhor na Terra.

PEQUENA LANTERNA
Emmanuel

Se já conseguiste obter alguma centelha de fé na imortalidade, mantém-te firme na lavoura do bem, na qual essa luz te colocou. E caminha para diante, no encalço das realizações a que te diriges.

De quando em quando não observarás apenas os aguaceiros das dificuldades e a ventania das incompreensões. Terás, sobretudo, o coração defrontado pelos companheiros que se marginalizaram na sombra – a te pedirem luz sem respeitá-la.

O "NOSSO LAR NA TERRA"
Irmão Saulo

O primeiro passo para a construção de uma vida melhor na Terra é a aceitação pelo homem do princípio da imortalidade individual, segundo a observação de Sir Oliver Lodge. A perspectiva do nada, do aniquilamento total do homem pela morte só pode gerar o desespero e o aviltamento da criatura humana. Por isso Emmanuel valoriza a simples conquista de alguma centelha de fé na imortalidade, como ponto indispensável de partida para a renovação do mundo. E ao mesmo tempo lembra que a luz dessa centelha precisa ser respeitada, pois sem o respeito aos princípios espirituais não teremos civilização, mas barbárie, não teremos a humanização do homem, mas a sua animalização, a sua redução às condições de um simples animal dotado de raciocínio imediatista.

O trecho de Emmanuel que reproduzimos acima pertence à mensagem que publicaremos na edição do próximo domingo. Utilizamo-lo hoje por coincidir com o tema das palavras iniciais da carta de Chico Xavier e com os acontecimentos recentes do movimento espírita paulista. A prova cientifica da imortalidade foi feita por Allan Kardec, através de pesquisas rigorosas e prolongadas (mais de quinze anos de investigações contínuas, ininterruptas), e hoje confirmadas plenamente pelas pesquisas físicas, biológicas, psicológicas e parapsicológicas, realizadas por cientistas materialistas. Os que conseguiram compreender esse esforço e adquiriram alguma centelha estão na obrigação inalienável de respeitar, defender e preservar a obra kardeciana, acima de comodismos e pretensões vaidosas.

A realização da novela “A Viagem”, rigorosamente estruturada nos princípios kardecistas, e o êxito sem precedentes da sua apresentação pelo canal 4, TV Tupi, no âmbito nacional, provou mais uma vez a sintonia de Kardec com as aspirações da atualidade.

Numa homenagem do Grupo Espírita Cairbar Schutel de Vila Clementino ao elenco da novela, realizada no dia 25 último, o diretor de TV Carlos Zara, dizendo-se infenso ao sentido espiritual da mesma, proclamou a necessidade de instalarmos o “Nosso Lar” na Terra e não no além. Zara aludia à instituição espiritual em que se passaram as cenas da vida pós-morte dos personagens. Sem querer e sem saber, Zara optava pela promessa evangélica do reino de Deus na Terra. Mas as suas limitações conceptuais o levaram a uma preferência absurda, pois a vida terrena em termos espirituais é simplesmente impossível sem o arquétipo espiritual, sem a certeza humana de que o homem não é apenas matéria.

Sem a consciência da sua natureza espiritual, asfixiando na estreiteza da falsa visão materialista, o homem não encontra motivos nem estímulos para estabelecer na Terra, dentro da faixa exígua de tempo e espaço que vai do berço ao túmulo, um sistema superior de vida como o de “Nosso Lar”. A prova aí está histórica e irrefutável, no fracasso degolador das utopias da violência, que redundam em maior escravização e opressão do homem nas estruturas estatais. A visão puramente material (sensível) da vida terrena, com exclusão da tese dialética do espiritual (inteligível) tira ao homem toda e qualquer perspectiva futura, reduzindo-o a simples acidente mecânico e inútil no processo cósmico. Foi o que levou Sartre ao conceito ridículo do homem como paixão inútil, verme terreno destinado à nadificação.

Nesta última sexta-feira a Editora Bels realizou uma tarde de autógrafos para o lançamento da segunda edição do livro A viagem, versão literária da novela, que já atinge quarenta mil exemplares distribuídos a todo Brasil. A autora e seu assessor doutrinário, bem como as intérpretes principais da novela, fizeram questão que os seus direitos revertessem em favor da construção da creche do Grupo Espírita Cairbar Schutel de Vila Clementino. Nem todos são espíritas, mas todos sentiram o fulgor da centelha kardeciana e quiseram dar um pouco de si mesmo em favor das gerações futuras. Uma creche é um pingo d’água no oceano nas necessidades atuais, mas tem o valor do óbolo da viúva.

As consequências de “A Viagem”, como se vê, revelam-se também na atitude dos próprios atores que atuaram na novela. Não seria necessário mais que isso para provar a importância da televisão no departamento espiritual do povo e na reorientação do mundo infeccionado palas ideias negativas, pelas ilusões da tecnologia materialista, cujo alvo se reduz a sete palmos de terra. Tudo se renova, cresce e esplende ante os olhos do homem, que se orgulha de optar pelo nada.

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